segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dragan Martinovic, um Agente muito Sentimental

Andando por aí, tenho encontrado todo tipo de gente.
Quase todos procurando se encontrar. Como o menino que anda somando bonequinhos playmobil com jogo de futebol, criativo e adorável mas  ainda preso a clichês. Como a menina que não faz a mínima idéia de como é possível ser plenamente amada, esperando o cara certo que certamente é o oposto total do cara que ela pré-concebe, que Deus lhe dê alguém com a alquimia perfeita. Como tantos outros que só estão por aqui para criar alter-egos muito distantes de sua simplicidade.

Sem querer, também posso dar de cara com um artista absolutamente genial, daqueles que tiram a venda de nossos olhos e afinam nossa audição, como Peter Davies , escocês cheio de idéias e contra-ideologia, que faz pensar sobre a negação inserida em toda afirmação.
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Esses tempos, usei um trabalho de Dragan Martinovic para ilustrar a página "Poderes em Guerra", que se refere aos conflitos entra a Imprensa e o Legislativo depois crime de trânsito envolvendo o deputado Carli, aqui em Curitiba. Ele me flagrou e pediu que mencionasse seu nome. Ele já estava lá, quando pomos o mause na ilustração, surgia o título e o autor da obra. Mas mudei e dei o LINK para outros trabalhos dele, que são assombrosos.


Temática política por excelência, anti-americano (o que significa pacifista) por convicção. Nascido na Eslovênia, nunca seremos capazes de entender que diabos significa ser esloveno. Quais as privações que esse povo passou, quando integrava república socialista à força com servios e croatas? Todos esses povos desde sempre donominados "eslavos", ou seja, escravos.  Quão massivamente sofreu com as propagandas soviéticas anti-capitalistas? É difícil entender, para nós que sequer entendemos os gaúchos ou catarinenses, quanto mais os eslovenos!
Radical às vezes, usando as fortes tintas da arte para evidenciar uma situação ou abordar um tema, serve-nos perfeitamente como freio ao consumo indiscriminado e sem reflexão de produtos culturais americanos. Afinal, não houve globalização mas americanização do mundo, sendo necessário estabelecer limites e manter a mente lúcida contra a propaganda e o discurso opressor.
Esse é o papel de sua arte conceitual, direta como uma boa arte gráfica e sensível como a boa arte plástica.
Dragan
Dragan Martinovic
Dragan Martinovic


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